A história da freguesia de Santo Tirso, prende-se com a do Mosteiro Beneditino fundado em 978 da era cristã pelos príncipes D. Unisco Godinhes e seu marido Aboazar Lovesendes, sob a invocação de Stº Tirso, tornando-se um local de culto e devoção.
Em 1312 o Conde Martim Gil de Barcelos deixou, em testamento, uma avultada quantia aos monges de S. Bento, para que se fizesse uma Igreja. Hoje, desta Igreja do séc. XIV resta o actual claustro da Igreja paroquial. Em 1650 já estaria construído o segundo claustro, hoje integrado na Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento.
Hoje, desta Igreja do séc. XIV resta o actual claustro da Igreja paroquial.
Em 1650 já estaria construído o segundo claustro, hoje integrado na Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento.
Na última metade do séc. XVIII, ao gosto barroco, reconstituíram-se as faces norte e sul com a livraria conventual (hoje a sala de estudo da Escola) e a sala do Capítulo (actual capela da Escola), cujos frescos remontam ao séc. XVIII.
A ala oriental deste claustro tinha uma loggia com vista para o rio (varanda do 1º andar, junto ao dormitório do internato).
O espaço inferior da ala norte organizava-se em três salas destinadas ao fabrico e toma das refeições dos frades; hoje há apenas um salão, o refeitório da Escola. Do lado oposto, no andar inferior da ala sul, funcionava a fábrica do queijo, hoje dividido em laboratório de Enologia e sala de Professores.
No centro do jardim deste claustro encontrava-se, já em 1650, o chafariz a que os alunos chamam taça. Estas modificações do segundo claustro iniciam-se com a nova edificação da Igreja entre 1659 e 1679, cuja traça se deve a Frei João Turriano. Pouco ou nada ficou da anterior Igreja, tendo esta apenas uma nave. Até finais do séc. XVIII a Igreja foi recebendo benfeitorias.
É do séc. XVIII a construção da Hospedaria, onde actualmente, no 1º andar está instalado o Museu Abade de Pedrosa e no rés-do-chão funciona a Adega da Escola.
O Jardim de Santo António e o muro junto ao rio com os seus alpendres são de 1801.
Em 1834 são extintas as ordens religiosas e os monges dispersam-se.O Mosteiro e as suas terras passaram então para o Estado, que as vendeu a José Pinto Soares. Este conjunto foi, em 1882, adquirido pelo então Visconde de S. Bento, elevado a Conde em 1886 – Manuel José Ribeiro – o famoso Conde de S. Bento.
Este pretendeu que fosse criado nas denominadas Quintas do Mosteiro uma Escola Asilo Agrícola, o que o seu sobrinho, José Luís de Andrade, usufrutuário dos seus bens, realizou em 21 de Fevereiro de 1894, cedendo à Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso o usufruto da Quinta de Dentro e de Fora e da Coutada de Burgães, para aí se criar a Escola Asilo Agrícola do Conde de S. Bento que visava receber órfãos e abandonados do concelho, aos quais seria ministrado o ensino primário agrícola.
Em 1911 a Misericórdia cedeu o usufruto ao Estado que, interessado em desenvolver o ensino agrícola, se compromete a respeitar determinadas cláusulas, entre elas, a conservação da lápide existente na entrada.
O Conde São Bento chamava-se Manuel José Ribeiro e nasceu em S. Miguel das Aves, a 28 de Agosto de 1807.
Ainda muito jovem, embarca para o Brasil onde exerceu várias actividades até se estabelecer por conta própria em 1837, ajudado por seu sobrinho José Luís de Andrade.
Em 1874 regressou a Portugal.
Pela sua generosidade e pelo apoio às gentes e entidades da região, em 1881 é agraciado com o título de Visconde de São Bento e Conde em 1886.
Este homem adquiriu em 1882 as denominadas Quintas do Mosteiro onde pretendia que fosse criada uma Escola Asilo Agrícola, o que o seu sobrinho, José Luís de Andrade, usufrutuário dos seus bens, realizou em 21 de Fevereiro de 1894, cedendo à Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso o usufruto da Quinta de Dentro, da Quinta de Fora e da Coutada de Burgães, para aí se criar a Escola Asilo Agrícola do Conde de São Bento.